5 formas de desconstruir o ambiente tradicional da escola


Na escola tradicional, o professor, antigamente chamado mestre, é considerado o único detentor do conhecimento, sendo aquele que transmite sua sabedoria ao aluno. Este, por sua vez, é submetido ao conhecimento, agindo apenas como receptor. O que isto pode significar? Nesta situação, o estudante, por não interagir de forma expressiva no momento da construção dos saberes, pode tornar-se pouco crítico e reflexivo.

Este ambiente é claramente configurado para fazer do professor o centro e o aluno focado na aprendizagem. Carteiras em filas, disciplina, ordem. Se um dia este modelo funcionava, hoje pode prejudicar os bons resultados dos estudantes. Por quê? Bom, as pessoas (e a sociedade) mudam, evoluem, modificam suas perspectivas e necessidades. Assim também acontece com o perfil dos alunos ao longo das gerações. Esse ambiente extremamente inflexível é inviável e pouco aceito. Uma das consequências, nas escolas, ao tentar perpetuar tal estruturação educacional é a evasão e o sentimento de frustração com este meio que deveria ser um segundo lar dos jovens.

Os jovens não têm engajamento com a escola, que, em sua maioria, é pouco dinâmica e inovadora. Pensando nisso, e com o propósito de romper com o tradicionalismo imposto por muito tempo no ambiente escolar, inúmeras metodologias educacionais foram pensadas para modificar o formato de ensino na modernidade e adaptar-se às mudanças e às novas configurações sociais. O papel das instituições, de garantir o básico – leitura, escrita e operações matemáticas simples – passou ser o de formação intelectual mais aprofundada, que prepara indivíduos para refletirem criticamente sobre os diversos assuntos sociais.

Neste post, iremos listar cinco dicas fáceis que modificam a rotina dos alunos em sala de aula, desconstruindo o ambiente tradicional e pouco atrativo e transformando-o de forma simples em um espaço de trocas enriquecedoras.

Uso da tecnologia

A geração Y, considerada “nativa digital”, diz respeito ao jovem que já nasceu inserido em um contexto tecnológico. Os smartphones, tablets, notebooks e as redes sociais, por exemplo, são a realidade cotidiana de praticamente todos os jovens da modernidade. Hoje, não faz mais sentido tentar proibir o uso do celular em sala de aula, ele é praticamente parte do material escolar. Então, por que não usá-lo como uma ferramenta didática? O professor deve, claro, preparar-se para que a estratégia seja bem sucedida. Por meio dos vários recursos disponíveis, poderá ser proposto ao aluno que ele registre situações com fotos, faça pesquisas, acesse notícias e dados, mapas, ou veja vídeos, por exemplo, as opções são extensas.

Mudança da disposição das carteiras

Quando um aluno expõe uma ideia, é interessante que os colegas possam escutá-lo bem, para analisarem juntos reações e relacionarem-se entre si. Carteiras enfileiradas limitam a interação entre os alunos, o que é extremamente maléfico para a aprendizagem. A sugestão é que, sempre que possível, os alunos sejam dispostos em círculos ou semicírculos. Isso modifica o formato da aula, promove debates e diminui a dispersão, já que ninguém fica muito isolado em um canto ou no fundo da sala. Trata-se, também, de uma melhor apropriação do espaço disposto. Se der para a aula ser feita no pátio da escola ou na biblioteca, por exemplo, também é um ótima alternativa!

Observação e aproveitamento das habilidades dos alunos

Um dos vários papéis importantes do professor é estimular a criatividade, a independência e a confiança dos alunos. Dessa forma, habilidades serão despertadas e poderão ser, inclusive, aproveitadas em sala de aula. Isso dá ao aluno um senso de pertencimento: a escola não é um ambiente no qual ele apenas aprende, mas onde ele também ensina, compartilha e constrói em conjunto os saberes! A vontade de contribuir cada vez mais para esse ambiente é um fator motivacional, que aproxima educandos, educadores e o espaço educacional.

Propostas da atualidade dentro de sala

Você já ouviu falar da epidemia cultural dos chamados “memes”? A expressão é usada para descrever imagens, vídeos, gifs ou qualquer outra caracterização humorística que se espalha rapidamente na internet. Você já deve ter visto os mais famosos, já que até mesmo as campanhas publicitárias têm se apropriado dos memes para atrair públicos. E de que forma isso é eficiente?

Bom, quando aprendemos a reconhecer um meme, além da atribuição do humor, é legal compartilhá-lo. Os memes, muitas vezes, estão relacionados a questões sociais, polêmicas, notícias e entretenimento. Este é apenas um dos exemplos do que pode ser explorado e relacionado com muitos assuntos em sala de aula. Questões da atualidade atraem o aluno, afinal, ele saberá discutir o assunto e irá se identificar.

Valorize a visão do aluno

Todos nós gostamos de nos sentir importantes, inteligentes. Quando um aluno opina sobre algo e tem sua ideia valorizada, ele se sente motivado a continuar compartilhando saberes. Discussões saudáveis são levantadas e mais colegas passam a interagir sobre os tópicos propostos. Isso faz o ambiente mais construtivista e valorizado pelo aluno. Ele enxerga que tem ali um papel fundamental, de questionar, responder e refletir. O que seria da escola sem os alunos? Perceber isso faz com que o aluno entenda que ele tem responsabilidade nesse contexto para o qual foi “designado”.

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