Nos últimos anos uma nova metodologia vem sido apontada como a geradora de maior impacto positivo na educação e se mostrando extremamente promissora enquanto ferramenta de transformação. É a aprendizagem adaptativa.
O contexto de mundo globalizado e a influência direta de tecnologias reconfigura as necessidades de aprendizado das pessoas. Tudo isso junto à revisões pedagógicas que passam a observar com maior atenção e valorizar as particularidades de cada aluno colaboram para que a aprendizagem adaptativa ganhe seu merecido espaço.
O post de hoje vai te ajudar ter uma noção melhor do que se trata esse termo e como ele pode ser aplicado da melhor maneira. Saiba tudo sobre aprendizagem adaptativa!
Aprendizagem adaptativa: o que é:
Para entender a aprendizagem adaptativa primeiro é preciso descrever o sistema de ensino tradicional. Nele, um professor ministra uma mesma aula e passa a lição da mesma maneira para todos os alunos, independente da quantidade. É deixado de lado o fato de as pessoas não aprendem da mesma forma e muitos podem ficar para trás nesse processo ou então precisarem de desafios maiores.
Tem sido assim há séculos, mas não precisa ser. Por isso passa-se a pensar em aprendizagem adaptativa, um modelo de ensino que não é previamente determinado, pois seu segredo é levar em conta várias variáveis e cenários distintos, sem passar por cima das subjetividades.
O modelo preza pelas particularidades e experiências de cada aluno, considerando que cada um possui uma bagagem específica de conhecimento muito única e todos os indivíduos são diferentes dos outros, assim como suas dificuldades e facilidades.
Com a aprendizagem adaptativa fica mais fácil identificar os pontos fracos e fortes de cada pessoa e determinar o que é necessário ser feito para preencher as lacunas que estão atrapalhando o conhecimento.
No Brasil ainda são poucas as instituições de ensino que aderem totalmente à modalidade adaptativa. Ela está crescendo principalmente entre os cursos preparatórios, como os voltados para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e para concursos públicos. No entanto outras áreas já vem mostrado alterações nas suas formas de ensino que apontam que a forma adaptativa é a opção do futuro.
Para isso, o uso de tecnologias, principalmente as de comunicação e as ferramentas digitais são fortemente empregadas, pois elas são capazes de gerar novos caminhos para o aprendizado e oferecem infinitas possibilidades.
Aprendizagem adaptativa e os nativos digitais
Nativos digitais são aqueles alunos que já nasceram inseridos na realidade da internet. Para eles, as ferramentas que as gerações anteriores viram nascer e tiveram que assimilar já são parte de sua vida, sendo muito difícil que eles desassociem o mundo online do offline.
Portanto é mais do que esperado, na verdade é totalmente natural que o modelo tradicional de ensino não supra com suas necessidades de aprendizado.
O modelo antigo peca e muito por não ser estimulante o suficiente para essas pessoas. A aprendizagem adaptativa oferece novos caminhos que dialogam com aspectos vivos de suas realidades como redes sociais, blogs, games, realidade virtual e as mais diversas formas de interação digital possíveis.
Trilhas de aprendizagem
Uma das estratégias mais usadas ao se implementar a aprendizagem adaptativa para a educação e no treinamento e desenvolvimento profissional são as trilhas de aprendizagem.
Fala-se “trilhas”, assim no plural, por se tratar de diversos itinerários e caminhos para percorrer, que o aluno tem a livre responsabilidade de escolher conforme seu perfil para alcançar o aprendizado.
E a aprendizagem adaptativa não se reduz apenas ao ensino escolar e acadêmico, mas também tem muito a oferecer na educação corporativa. Em um treinamento corporativo, por exemplo, o próprio funcionário pode delinear um curso de ações de ensino, experiências e treinamentos para seu próprio desenvolvimento profissional.
A aprendizagem adaptativa e todas as ferramentas e tecnologias empregadas acabam expandindo imensamente todas as possibilidades de ensino para os alunos. Não existem mais as barreiras físicas de uma estrutura de escola, por exemplo, e qualquer lugar pode ser espaço de ensino.